Meio ambiente talvez, quem sabe, sobre só a metade?

domingo, 15 de abril de 2012

Canal Idígena - Para a Rio + 20

Como participante deste debate, e também fazer colocações, já que este evento para nós representa uma nova era, e que com certeza, estará nos ajudando a obter respostas. Como sabemos, a colonização do Brasil foi feita desde o início com imposição contra seus habitantes primitivos. Indígenas ainda hoje, alem de exclusão, sofrem com o preconceito racial e na maioria das vezes, pessoas os vêm, como um empecilho inconveniente. Alguns conflitos gerados fazem com que sempre haja problemas na demarcação de terras, aumentando a violência, que faz com que haja perdas. Com graves embates entre fazendeiros e índios, resultam às vezes em perdas irreparáveis, tomando rumos difíceis. A situação é agravada quando a burocrática FUNAI, que deveria ter uma representação indígena, não agiliza processos existentes e se omite. O cacique Megaron, único representante, mediador que trabalhava, foi demitido sumariamente, sem nenhuma razão. No Mato grosso do Sul, foram mortos centenas de índios Guaranis Kaiowa, nos últimos dois anos, e no sul da Bahia conflitos constantes são observados com constantes perdas de índios Pataxós, assim como em muitas outras regiões do Brasil. Com uma enorme divida territorial e social com este povo, está mais do que na hora de sentar-se a mesa de negociação e resolver com mais agilidade esta situação, que já delonga por muito tempo e com prejuízos, aumentando assim a tensão entre fazendeiros e indígenas. Quando expulso de suas terras, alguns ficam as margens das estradas e a margem da sociedade, passando fome e às vezes suicidando-se e sem identificação como cidadão, perdem seus territórios, perdem o Direito natural, sem o amparo legal das leis, que não os assistem, não sendo levada em conta também, sua condição de indígena, ou, quando resolvem as questões de terra, os mesmos ficam quase reclusos em pequenas áreas e sem uma atenção básica na saúde, na educação, na assistência técnica e na falta de programas que possam avançar para uma nova realidade, principalmente, na agricultura familiar voltada para sua cultura. O que o governo Federal pensa em fazer para resolver também estas questões e a questão da Hidrelétrica do Xingu, que agride o meio ambiente, aumenta a possibilidade de conflitos entre forasteiros e indígenas e a intencional degradação das florestas, sem contar com o embate cultural que lhes é imposto. Sendo este projeto remanescente da era da ditadura militar, no governo Geisel, quando não tinha os avanços tecnológicos atuais e ainda não havia a preocupação ambiental de hoje, sendo assim, a energia gerada lá, terá um custo altíssimo, e se comparada a energias alternativas, (eólica, solar, etc.), deixa muito a desejar e completamente contrária às metas atuais que conflita, diretamente com a sustentabilidade do planeta. Diante do exposto, pergunto, o que o governo federal pretende fazer. Antonio Lourenço de Andrade Filho

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