Meio ambiente talvez, quem sabe, sobre só a metade?

sábado, 27 de agosto de 2011

Gritos do Xingu

Para Kuana kamaiurá e seu povo
Gritos do Xingu

O amanhecer não era real
O anoitecer trás preocupações
O chefe indígena estava triste
As mulheres das tribos choravam
Pois sabiam o que irá acontecer
Sabem que não é coisa boa
O curumim perguntou?
Mãe, os massacres irão voltar
Como conta nossos avós
Filho, mas uma vez, nossas terras correm perigo
Querem nos expulsar
Grande perigo circundavam as tribos
O que fazer contra inimigo tão poderoso
Que querem exterminar as nossas nações
Será que as feridas do passado
Que ainda nem cicatrizaram, vão sangrar?
Pelo poder da ganância, dos que nos amedrontam!
Como escapar das garras do tal progresso
Dos que invadem outras nações
Que fazem tudo por dinheiro
E que lhes dão, tanto poder
Que querem destruir nossas aldeias
Que querem destruir o nosso rio
Mudar a paisagem natural
E para onde irá o peixe?
Que não poderemos mais pescar
O que farão às nossas famílias
Assim não podemos mais ficar
O conselho reunia em sua tenda principal
Vamos pedir a Deus, que nos deixem em paz
Querem acabar com nossa cultura
Extirpar nossos costumes
Trazer para nós o mal
Desejar nossas mulheres
E desviar as nossas crenças
Para onde nós iremos
Se no Xingu, nós não podemos ficar.

SOS ao Xingu


O que dói, é saber que ultimas fronteiras da vida selvagem, serão ceifada pelo poder das nações mais forte, sob as nações mais fracas. Será pela arrogância dos que se travestem-se de vermelho e socialista e estão a serviço do capitalismo, ferindo um dos principais preceitos da constituição. Paisagens serão mudadas, pessoas serão jogadas em conflito com o povo indígena, que serão subjugados e descaracterizados de seu estado natural, suas tradições serão quebradas, sua gente inocente será desvirtuada e as conseqüências que envolve a bio diversidade, serão perdidas para sempre. Quiçá, estas pessoas que intervém desesperadamente em busca do poder sem limites, nunca tiveram raízes ou tradições, que pudessem ser chamado de “Nação” pois quem oprime um povo, principalmente quando este povo são nativos, habitantes primitivos, e os expulsão de suas terras. Jamais entenderam sobre o respeito e o valor da vida, são os "covardes" que na calada da noite, planejam sobre o que vão ganhar, não se importando a quem vão destruir.

Antonio Lourenço de Andrade Filho

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