domingo, 18 de dezembro de 2011
Aguardem, Xingu, Hidreletrica do Sangue
Apelo mundial contra a destruição da natureza, você também é culpado, aguardem, Xingu, a Hidrelétrica do Sangue, lute a favor desta causa, ela também é sua.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Poema Perdidos na Terra Mãe
Em homenagem ao chefe, Nissio Gomes, "O Sorriso" POEMA PERDIDOS NA TERA MÃE ONDE ESTOU PERDIDO... EM CONCRETOS E ESCOMBROS ESPERANDO ME ENCONTRAR CHORO SEM HORIZONTES NAS TERRAS QUE NASCI ARRANCAM-NOS O UMBIGO ESTRAÇALHADA PELOS CÃES QUE DEVORAM ESTA NAÇÃO ONDE ESTOU PERDIDO... DENTRE AS PALAVRAS SEM ARTIGO E AS LEIS SEM PARAGRAFOS NOS ACUSAM DE EXISTIR ONDE ESTOU PERDIDO... COM A MINHA COR VERMELHA E SEM UM LAR PARA MORAR ONDE ESTOU PERDIDO... SEM A TERRA E SEM O MATO SEM A AGUA DO RIO E PEIXES PARA PESCAR NAS MURALHAS QUE NOS TRANCAM SERIA UMA PARTE DE VOCÊS ONDE ESTOU PERDIDO... EM SEU SANGUE QUE É NOSSO E DAS TUAS VEIAS JAMAIS PODERÃO TIRAR ONDE ESTOU PERDIDO... SE AQUI QUERO MIM ACHAR Antonio Lourenço de Andrade Filho APELO A FAVOR DO POVO INDÍGENA Este indio foi assasinado, 200 outros morreram nos ultimos anos, quantos outros mais irão morrer? Antes o genocidio era para conquistar as terras e os tesouros, hoje em pleno século XXl, a matança e os crimes continuam, Hidreletricas , Agro negócio, mudaram os nomes, mas os crimes continuam o governo nada faz diante das barbaries, parece até uma Ku-Klux-Clâ nacional contra indígenas.Senhora presidente Dilma, proteção e respeito para o povo indígena, queremos representações para a Funai, o lider Megaron deverá voltar. Antonio Lourenço Andrade Filho
domingo, 20 de novembro de 2011
Não apague este sorriso!
O Brasil está passando por um momento de cegueira no judiciário em relação à causa indígena . Pistoleiros abatem índios, e ficam impunes, o governo invade as suas terras para construir usinas hidrelétricas, estes não têm como se defenderem por serem do direito natural, apesar de legítimos donos das terras brasileiras, parece não ter direito positivo garantido. O Governo Federal “o executor”, e o órgão oficial “o coordenador”, que deveria cuidar dos problemas indígenas, se omitem de suas responsabilidade. Agora a pouco, o grande cacique Megaron, perde o seu cargo na FUNAI sem motivo, por discordar que a Hidrelétrica fosse construída em suas terras. Neste caso, os jornais do país pouco falam sobre o assunto, o tabu que envolve a mudança do Código Florestal e as demandas ambientais, ficam sempre a margem das críticas, levando a conferencia de Meio Ammbiente a ser excluida do calendário oficial das conferencias de maior importancia, não tendo há mais de quatro anos, oportunidade onde nós, o povo, teríamos o espaço aberto para participar das discussões e debates e tirar dúvidas,que há muito estão acumuladas, com esta inercia proposital, cada vez mais aumentam os problemas. Os direitos humanos dos povos indígenas, os quais deveriam ser garantidos pelo Governo Federal, na constituição brasileira, está sendo esquecido e não reconhecido, neste caso a ONU, orgão internacional, deveria advertir, já que foi encaminhada cartas assinadas por várias etinias para serem ouvidos em relação a hidreletrica e reconhecer seus direitos juntamente com observar os impactos culturais e ambientais de que serão vitimas. A demanda nas demarcações de suas terras, ficam a mercê da vontade política. O preconceito social contra os indígenas causa indignação,já que estes, principal povo formador, matriz da raça brasileira, sofre discriminações e descaso, neste caso, até sendo abatido em sua própria casa diante de seus familiares, filhos e netos. Molestados, sem que nada façam para ajudar, muitos adoecem e são abandonados a própria sorte, sem um programa eficaz e nem assistencialista. Que país é este que compartilha de tanta humilhação com o seu próprio povo nativo, formador do povo brasileiro, Onde estão os direitos indígenas? Também foi abolido. A morte do cacique Nisio Gomes é um fato que mostra a realidade brasileira atual, onde crimes deste tipo ainda acontecem, a utilização de varias caminhonetes e 40 pistoleiros e a utilização de balas de borracha não passaria despercebido e indicam pistas que levariam aos autores do assassinato. Devendo ser apurado pelo Mnistério Público FederalAntonio Lourenço de Andrade Filho Ambientalista Senhora Presidente “Segurança para o povo indígena”.
sábado, 5 de novembro de 2011
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
O Brasil está calado!
Grite Brasil!
A opinião pública do país está sendo esquecida?
Enquanto o Governo Federal se exime de qualquer aproximação entre seus representantes e povos do Xingu, que inclui etnias indígenas, neste momento clama para serem ouvidas sobre o destino de suas terras, que envolve tribos e nações. Desde a contraditória mudança do Código Florestal, que representa um aval para a continuação da destruição do restante das florestas brasileiras, onde itens como áreas de matas ciliares reduzidas pela metade, passando de 30m para 15m, como também, áreas de topo de morro. Não serão mais protegidas como deveriam, aumentando o perigo de deslizes de encostas, que aumentará os desastres e perigos durante as enchentes, causando o assoreamento dos rios devido à falta de vegetação que deveriam existir em suas margens e encostas. Esta decisão na mudança das leis que protegem o meio ambiente, que mesmo com todos os seus parágrafos e um batalhão de órgãos criados para a proteção ambiental é incapaz de proteger suas florestas e recursos naturais. Pensa-se que esta preposição, não foi uma coisa aleatória e sim envolvendo interesses, porque abre enormes precedentes para o aumento dos desmatamentos no país, favorecendo grandes empresas dos setores madeireiros e de grandes empresas agrícolas e outros interessados em uma substancial mudança.
O relator da mudança do projeto de leis, deputado Aldo Rebelo e comissão de parlamentares, que foram responsáveis pelas leis modificadas, alega que seria para estender áreas para o agro negócio, que atua através da CNA ( Confederação Nacional da Agricultura). Por outro lado, na visão de alguns ambientalistas e pessoas do setor, não justifica, pois o Brasil tem excedente de território já desmatado e sem uso adequado, que está necessitando de projetos mais eficientes, tecnologias de ponta e políticas adequadas para melhor aproveitar estas áreas já existentes.
A conferência RIO + 20, que acontecerá em maio de 2012, será uma data triste para nós brasileiros, pois alem de não termos tido a oportunidade de participar de conferências de meio ambiente internamente, que há mais de quatro anos foram suspensas as quais, seriam para o povo ter a oportunidade de abrir debates e discussões sobre os assuntos pertinentes e pendentes, fica uma interrogação, a voz do povo não será ouvida, muitos se calaram em defesa a seus próprios interesses e causas próprias e muitos estão gritando, sem que lhe dêem ouvidos. Este grito ecoa pelo mundo afora... Mas os nossos governantes fazem ouvido de mercador e não deixa o povo falar, ignorando também as nações indígenas, que sofrem com seus direitos naturais infligidos. Como premio pela conquista negativa da mudança do código florestal, que significa um grande retrocesso ambiental, o deputado ganha como prêmio, pela sua atuação vitoriosa um cargo de Ministro dos Esportes. Contradizendo metas prometidas em conferências anteriores, onde promeças foram feitas em plenárias, as quais estavam representações mundiais. Agora, parece desabar em contraditórias ações a nível nacional, a construção da Hidrelétrica de Volta Grande do Xingu a mudança do Código Florestal, evidentemente ainda a quem chore a morte de seus parentes em vários estados da confederação, amigos que morreram nas ultimas enchentes, onde o numero de vitimas cresce a cada ano, em cada novo evento da natureza e a indústria do desespero, aparece para dar paliativas ajudas as vitimas restantes. Meu Deus! Olhe por nós, e abençoe os que estão clamando por justiça neste país, embora a mente dos que só planejam para si, estejam apascentadas com as benesses do poder e cada vez mais, buscam a mesquinhez sobre os mais fracos e o uso indevido de suas péssimas atuações como governantes. Que um grito de liberdade seja ouvido em todo o planeta, se o custo da construção for o extermínio de um povo, isto não se chamará progresso, e sim genocídio. Este grito será ouvido em todo o planeta. SOS Xingu.
Antonio Lourenço Filho
Antonio Lourenço Filho
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Para se pensar!
A excessiva valorização dos bens materiais, as mesmas quais, se submetem os homens para satisfazer o seu ego em um mundo excessivamente desgastado, o qual, para se adequarem, faz com que sejam consumidores em potencial, é um meio de vida pautada na excessiva valorização dos bens materiais e na evidente desvalorização e perda de conceitos naturais, despertando em si e na sociedade, graves mudanças sociais, prejudiciais ao ambiente biótico onde vivem, levando-os a adotarem o modelo capitalista como base econômica, causando a degradação social e ambiental, acarretando prejuízos substanciais e mudanças irreversíveis negativas, sofridas em seu próprio meio, pelo qual, somam-se constantes e intermináveis mudanças e demandas, desgastando-se assim, os valores naturais, com os quais contavam em um mundo equilibrado e abundante.
Perdendo-se os valores que existiam como base social, ficando o verdadeiro valor pessoal vinculado à posição social e política que o individuo ocupa na sociedade onde vivem. A competitividade, transforma assim o caráter e a dignidade humana, dando lugar à ganância, gerando a exclusão social e a desconfiança. O racismo, determina diferenças entre povos, levando-os a demarcação e limites territoriais, os quais, a partir de uma organização social determinante e condicionante para alcançar o poder, sendo a cor da pele um suposta qualidade para impor a superioridade racial, que fazem das pessoas ditas ‘diferentes”, serem excluídos das elites, passando a avaliar como inferiores, esmagando-os assim o homem, separando-o de seu próprio semelhante e se auto-afirmando espécie superior, ou melhor, colocando-os os "outros", como subespécie ignorando-os, incapacitando-os de reconhecimento e de valorização. Como dizia Thomas Hobbies “O homem lobo do homem”.
Se as leis do universo, as que foram dadas pelo Criador que são as leis naturais, que seriam para perpetuar a vida e as espécies em um mundo equilibrado, inevitavelmente não estão sendo cumpridas e o mundo desanda em direção ao final. O que diremos então das leis dos homens, diante das catástrofes que se avizinham.
O planeta pede socorro, cobrando com catástrofes e eventos de ordem natural, os quais ocorrem com uma incidência muito grande, dando assim sinais de alerta. Demonstrações de esgotamento dos recursos naturais levam vários países ao descontrole econômico e o mundo é palco de desavenças políticas e sociais, causada pelo desemprego e a fome. Catástrofes e quebra do equilíbrio natural é uma clara e dura realidade, após sucessivos acontecimentos.
Países... Então não seria a hora de fazer o dever de casa?
Países... Então não seria a hora de fazer o dever de casa?
Fuga de Animais em Zoo nos EUA
Seis animais exóticos são resgatados após fuga nos EUAAnimais eram de zoológico privado; dono abriu jaulas e teria se suicidado. |
sábado, 15 de outubro de 2011
Poema Ultima Vez
Ultima Vez
Nas decisões irresponsáveisPresas no calabouço, as razõesE solta, as omissões e enganaçõesTem-se noticias que fartamenteEmbriagam os opressoresDas vantagens e vantagens vansQue lhes locupletam em absurdos e abusos
Apossam-se de bens que não são seusRasgam e reviram as raízes da terraE as tornam expostas, sem vidaSaqueiam os biomas e os destroemDeixando em ruínas, nossas ilusõesDos que amam a terraE as querem preservadas
Lutemos então contra as decisões nefastasQue estragam à própria vidaNão pense e reclame jamaisNão temos de fato, a quem reclamarNesta imensa terra adorada
Um dardo hostil atingiu o seu brasãoSangrando, cambaleou em berço esplendidoDesfigurado de seu orgulho e humilhadoAs cores de sua bandeira, rasgadasDo verde que está sendo ameaçadoAo amarelo que fora saqueadoHora, o azul também foi manchadoPela vergonha nacionalDe alguns dos empossados cidadãosQue brincam e ainda derrubam o pendãoJogando as estrelas ao chão, lagrimas
Prendam os lobos escondidos no covilQue furam a moldura deste mapa varonilNo centro deste horror, A belíssima CapitalDas brasas que estão sendo acessas, as fornalhasForjemos então a espada de uma nova esperançaPrecisamos fincar uma nova liderançaNas entranhas do Brasil
Que sabe pensemos mudarAs ações e omissõesQue estraçalham os nossos coraçõesEspalhados em pedacinhosPelas calçadas da históriaJá não importa o brasãoNem as cores da bandeiraNem as divisas plantadas em seu chãoMas lutaremos por toda a vidaPela vida livre, de todo este planetaAntonio Lourenço Filho
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Homo, SOS Terra
Homo, evolução ou extermínio? Uma escolha para se pensar.
Só uma grande catástrofe ou um gigantesco milagre,poderia acontecer para uma possível mudança no comportamento humano. Esperando que todos acreditem na necessidade urgente de aparecer um novo homem para o século XXI diante da real situação na crise atual. Seria possível pensar em um homem mais consciente! Que pudesse ser socialmente justo? Unindo o conhecimento científico, equilibrado e o respeito pela natureza, descobrindo finalmente a existência de um novo mundo, onde todos deverão ter direitos e deveres sem a interferência e o poder e dos valores. Serem iguais socialmente e ao mesmo tempo alcançar êxito na trilha da evolução, seria filosoficamente plena e equilibrada, em um novo modelo. Finalmente, alcançando o equilíbrio sustentável na busca de um mundo melhor.e mais justo.
O homem atual, deve abandonar o velho casulo do “homo destrutivos” ou homem moderno da era capitalista, que é voltado para o acumulo de riquezas, o imediatismo e o consumismo. É o velho ser arcaico, em que o homem se transformou durante séculos de história da humanidade, buscando sempre o poder e trilhando o caminho da ambição e da ganância, que são caminhos que jamais deveria serem trilhados fazendo a pior escolha. Optando por uma filosofia pela qual o ser humano jamais deveria ter se enveredado, desde os primórdios da evolução.
O homem escolheu o capitalismo como meio de conquistar o poder, adotando este modelo de desenvolvimento para si, transformando o mundo e andando por caminhos desiguais, criando problemas infinitamente insolúveis, tanto do ponto de vista social, como também ambiental e finalmente, em vias de transformar o seu próprio mundo em um grande depósito de lixo. Ele degrada e escasseia os recursos naturais, torna-se escravo de sua própria arrogância. É o homem que não consegue resolver seus mais simples problemas, criando um mundo mesquinho, onde poucos tem muito, e muitos não têm nada. Seu próprio sistema transforma-o em um ser pequeno e corrupto consigo mesmo, exterminando sua própria espécie, é o homem que destrói o próprio ambiente onde vivem, e não deixam espaço para outras formas sociais.
O novo homem, deve ser depreendido de bens materiais, mas valorizar qualidades já esquecidas, como a amizade, a família, a solidariedade e a consideração entre si, buscar o conhecimento e principalmente do ambiente onde vivem, o que seria uma atributo para todos. É o homem do futuro, que conquistará seu espaço no planeta, devendo assim buscar as três características propostas na revolução francesa: Como, liberdade, igualdade, fraternidade, somando a mais uma, que é a principal, o equilíbrio, através da organização social, que é a palavra chave em um novo paradigma. Os seres, buscam isto desde os primórdios da criação e é o que a mãe natureza nos propõe e nos ensina todo o tempo, desde que o mundo é mundo.Caso esta mudança não aconteça, estaremos fatalmente indo de encontro ao extermínio e nossas histórias, ficaram no anonimato.
António Lourenço de Andrade Filho
"Até os mais insignificantes seres, conseguem viver em harmonia com a natureza"!
"Até os mais insignificantes seres, conseguem viver em harmonia com a natureza"!
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terça-feira, 11 de outubro de 2011
domingo, 9 de outubro de 2011
sábado, 8 de outubro de 2011
Logomarca Avanço Ambiental
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Poema " Sem Terra"
Existia uma rica e belíssima floresta
Pessoas habitavam em suas proximidades
Belas estradas que levavam as vilas e pequenas cidades
Que eram estreitas e sombreadas, em ricas cascatas
Há como a vida ali era feliz!
Associada aos costumes e tradições
Boas festas e belas canções
Ao longe, no final do boqueirão
Descendo a ladeira, o burrico na lama escorregava
A estrada era uma ladeira escorregadia, deixava marcas
Que logo formando possas d’água, encharcavam
Via-se o desgastado pedaço de lona, sob o lombo do animal
Que cobria a feira, dentro do casuar
Na velha e surrada cangalha de couro de boi, os embornais
O casal, descalço, acompanhava a pé à montaria
Seu casaco encharcado, molhado, da fina chuva fria
Deixavam-no meio encolhido e encurvado de frio
Em baixo do velho e cinzento chapéu de feltro
A mulher empunhava uma sombrinha colorida, verde sombrio
Mas, pouco a pouco se aproximavam do velho casarão
Viajavam com muita alegria e os pés no chão
Saíram cedo para as compras de final de mês
Não via à hora, de descarregar o animal
Pensavam em sua cama, quentinhos
E poder juntos descansar
Esta era a rotina daquela família, tudo natural
Moravam na roça, próximo a outros tantos vizinhos
Que da mesma maneira viviam, na região serrana
Região cacaueira do sul da Bahia
Naquela época muito rica e soberana
Naquela época muito rica e soberana
O trabalho era árduo e muito duro
Mas éramos felizes, a colheita era muito boa
Nossos filhos eram criados com muita alegria
Naquele final de tarde, sentamos à mesa
O café quentinho e uma boa sopa de verduras
Revigoraram nossos corpos cansados da labuta
Depois de alguns dedos de prosa contando aventuras
Foram dormir para descansar com tantas venturas
Alguns dias depois?
O galo losna cantava na madrugada
Não demorou muito e o sol aparecia no horizonte
Era o inicio da primavera
As flores apareciam em algumas árvores
O grande jequitibá estava lindo e florido
As vacas leiteiras que deitadas
Próximos ao curral ruminavam
O jovem filho, aproximava-se do curral
Com balde e o par de arreadores
E iniciou a rotina diária
Cantando feliz enchia os latões
Seu velho pai, o cigarro de palha enrolava
E com o facão de vinte polegadas, na pedra ríspida amolava
Preparava-se, iam para a roça dos cacauais
Colher os frutos e fez as bandeiras
E a quebra dos cocos, retirando as amêndoas
Carregou os animais, levando para a barcaça
Pisou nos frutos e retirou a pevide
Colocando-os para depurar
No outro dia, espalhou sob a estufa
Acendeu a fornalha e com o rodo, mexeram
Logo se via a fumaça que levemente subia
Estava pronto e ele ensacou depois de apurar
O cheirinho do cacau ao longe sentia
Aquela boa vida lá na roça
Um dia de repente acabou
Apareceu uma terrível praga
Que longe, foram buscar
Os malvados bio-terroristas
O sul da Bahia devastaram
E jogaram a maldita praga na lavoura
Destruída ela ficou, quase a mataram
A felicidade foi embora
As nossas vidas desabou
Sem as rendas das famílias
Muito mal eles nos causaram
E de tristeza sucumbiram
Alguns não aguentaram
Venderam as suas terras
Venderam as suas terras
E ficaram as margens das estradas
Com um pouco de dinheiro
Que restou no imborná
Não se compra mais aquela terra
Mas um pouco de lenha, dá pra comprar
E aquecer à beira da fogueira
Um pouco daquela tristeza
A gente ainda há de lembrar
Que tínhamos uma casa e um fogão a lenha
E hoje temos o tempo e um barração
E “sem terra” para morar
E ainda perdemos o nosso chão
Hoje não temos nada, nem a nossa terra para cultivar
Antonio Lourenço de Andrade Filho
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