A Barragem da Pedra foi construída para suprir as necessidades energéticas da região e manter um nível de segurança para as comunidades ribeirinhas a jusante do rio em momento de cheia. Com o pensamento de transformar a região em um polo produtor de hortifrutigranjeiros para o nosso município, ao que parece sem muitos projetos, os responsáveis pelos programas sociais não conseguem enxergar o potencial que ali existe, ainda não conseguimos decolar para um patamar de produtividade regional que nós possamos nos orgulhar. Uma das razões para que isto não aconteça, é o controle do nível da água pela CHESF, que vem sendo insatisfatório, gerando um grande motivo de insatisfação por parte dos produtores, que fazem seus investimentos a montante do rio, ao longo do lago das margens da Barragem da Pedra. Este investimento torna-se de risco por conta da falta de garantias e de manutenção do nível de segurança da água mantida pela concessionária.
Deve-se observar que a água que entra normalmente por vias normais, que seria X metros cúbicos de água, menos a percentagem das perdas por evaporação utilização pelos produtores e dessedentarão animal, daí o deficit, veria assim o que deveria sair por vias normais para que o rio flua normalmente, e a barragem mantenha seu nível de segurança a contento. Mas o que acontece é que os produtores têm perdido seus investimentos as margens da Barragem da Pedra por conta do grande volume de água que sai pelas comportas para manter o rio fluindo com grande volume de água, sem, no entanto observar a água que entra por vias normais no mesmo período e o lago passa a secar a um nível perigoso, expondo os produtores ao risco, pois teria que comprar mais canos, e a cada vez mais captar a água a uma longa distancia, é o que não acontece com quem está a jusante do rio, pois tem as garantias de que a água estará fluindo normalmente.
O cultivo nas margens do lago então se tornou um investimento de risco perigoso, principalmente se o investimento for em plantios perenes. Nos últimos seis anos a barragem teve o seu nível bem abaixo do normal, fazendo com que muitos produtores perdessem seus investimentos, e, principalmente aqueles que tem suas propriedades nos locais que são desembocadura dos riachos, chamados “braços do lago”, onde os riscos e as probabilidades de perdas aumentam em até 100%.
Fica o alerta para que o Comitê de Bacia, no conjunto de seus representantes, faça um apelo para que se faça uma leitura real da entrada de água no rio, e o que poderia sair, seria em iguais proporções levando em consideração as perdas normais pela utilização e evaporação. Jequié é uma cidade bem servida de água, mas, falta-nos boa vontade política e uma gestão mais eficaz, comprometida com o campo e os produtores rurais.O homem do campo precisa de investimentos mas também de garantias para que a região possa crescer e de uma cidade mais organizada e economia mais forte.
Antônio Lourenço de Andrade Filho
Nenhum comentário:
Postar um comentário