“Os
índios da etnia Guaranis kaiowá, estão correndo sério risco de GENOCÍDIO, com
total omissão da mídia local e nacional e permissão do governo”.
Brasileiros, índios, negros, brancos e orientais, a cor da pele não interessa,
a origem foi a tão longo tempo que seriamos incapazes de precisar quando e onde
tudo começou. Viemos de um sopro Divino, como diz na Bíblia, ou como quer a
ciência, poderíamos ter vindo de seres abruptos e pré-históricos, proveniente
de outros seres primitivos, sejam peixes, ou primatas, mas no final, a origem
foi à mesma.
Ao longo do tempo, há muito tempo, quando os
continentes separaram-se, os então seres primitivos, ascendentes humanos
percorreram estradas diferentes. No início, não contava a cor da pele, nem a
cor dos olhos e nem o tipo de cabelo, mas, a sobrevivência num mundo cheio de
perigos, o DNA continuava sendo o mesmo, veio de um só ser, o ser que
desenvolveu a inteligência e diferenciou-se dos demais, evoluindo-se através do
tempo, só modificando a estrutura ou o tipo, ou as diferenças físicas, mas
continuava sendo o mesmo ser.
Na história, Charles Darwin fala sobre a evolução
das espécies, talvez tenha sido o que ocorreu conosco também? Ou, a
partir do sopro Divino, muito antes do que se imaginavam, ou da própria
evolução humana, não se sabe quando, mas as mudanças aconteceram de acordo com
a região, ou o clima em que habitavam,
afinal surgiram às diferenças na cor da pele, na cor dos olhos, ou nas mudanças
nos cabelos, linguagens, costumes, religiões, em fim, todas as diferenças que
dizem que somos de variadas raças, mas na verdade, somos uma espécie só, a
humana.
Territórios foram disputados e conquistados ao
longo do tempo, e até os mais isolados se reencontraram. Com as novas
conquistas, e com a vontade do próprio homem expandir e conquistar novas
terras, culturas foram desenvolvidas através do tempo, e por fim, até viajamos
através do espaço, mas, ainda assim, as disputas de terras, e as diferenças
religiosas e culturais e raciais, são motivos de demandas e de guerras. Conquistamos
o mundo em sua totalidade, e até grandes descobertas foram feitas, até chegar à
cibernética, e todos se conectarem através do tempo, mas, mesmo assim, mostra
que ainda assim nós não nos entendemos, as disputas entre os homens a
violência e a ganância, dizem que os problemas apenas estão
começando.
Virá a falta de comida, a falta de água, a falta de
espaço, que irá tirar a paz de muitos, afinal, são estas as diferenças que
devemos nos preocupar, devemos esquecer as diferenças físicas, e começar a
pensar em organização social e nos direitos de cada grupo, respeitando seus
territórios, suas diferenças. As que conquistaram através do tempo, sejam
religiosas, sejam de costumes, sejam de línguas e territoriais, sem, no entanto
esquecer que somos irmãos, mas nos ajudando e buscando entendimento para nos
preparar em buscar para um mundo melhor.
Nós, brasileiros não sabemos de que raça possa ser,
na realidade e na verdade, todos nós, ou até mesmo parte de nós, tenha um
pouco de índio, um pouco de branco, um pouco de negro ou um pouco de oriental,
mas o DNA continua sendo o mesmo. Algum dia, reconheceremos que somos todos
provenientes de um mesmo ser, o que deu origem a espécie humana, e a estrada
continua sendo a mesma em direção ao futuro.
Neste momento alguns de nossos irmãos os Guaranis
Kaiowá, que estão em grande perigo de vida e na eminência de perder suas
terras. É através destas diferenças que o tempo lhes concedeu, e não foi uma
escolha, aconteceu com eles, assim como também com todos os nativos americanos,
devemos respeitar, pois os mesmos preferem ficar em suas terras, a terra que
nasceram e que seus ancestrais viveram, são nossos ascendentes primários, que
ficaram isolados neste lado da terra e que preferem continuar com seus
costumes, suas terras e sua religião e gostariam de sentar livremente à noite,
em sua fogueira, pescarem o seu peixe em seu rio, contar as suas
histórias a seus filhos e viverem a seu modo e com seus costumes e a nós,
homens que se dizem civilizados, respeitar estes nosso irmãos, e
seus direitos adquiridos na terra. Homens nativos das terras ancestrais, e seus
direitos de sobreviver na margem de um rio e próximo de nosso território, as
terras originárias de tekoha Pyelito kue/Mbrakay.
Antonio Lourenço de Andrade Filho