Meio ambiente talvez, quem sabe, sobre só a metade?

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Campanha cidadão consciente! A Gameleira

Homenagem a Gameleira
Aquela gameleira também emprestou sua sombra para que viajantes descansassem após exaustivas caminhadas nas empoeiradas e ensolaradas estradas das caatingas, ali paravam, juntamente com seus animais ofegantes. Passou o tempo, alguns anos depois, foi planejado um centro industrial para Jequié, suas fábricas, representavam grande progresso, quando ali foram instaladas. Dividido em lotes, o terreno que fazia parte de uma antiga fazenda, o qual pertencia também a parte da mata ciliar do majestoso Rio de Contas, serviria “perfeitamente” para implantação do parque industrial. Um dos lotes abrigava uma grande gameleira, a qual emprestava sua frondosa sombra a quem ali chegasse. Ali foi construída uma unidade de laticínio. O tempo passou e o laticínio foi fechado por falta de incentivos do governo, pois o preço praticado para a compra do leite naquela época, não era muito atrativo para os produtores rurais, somados negativamente com fatores climáticos, assim inviabilizando o serviço, pois os altos custos para produção, fez com que houvesse desistências na criação de gado leiteiro, levando ao fechamento do entreposto de Jequié. Mas a grande arvore permanecia imponente, lá, na frente daquela fábrica. Foi colocado um muro baixo que circulava um bonito jardim, servindo de assento, construído exclusivamente ao redor, na intenção de proteger a planta. Mostrava que o progresso poderia conviver pacificamente com o meio ambiente, este era o pensamento do proprietário, ou gestor naquela época. Naquele lote, onde foi construído o entreposto da coleta de leite, também passou um longo tempo fechado. Mas, um olhar comercial, oportunizou outro investimento, acharam que ali serviria para abrigar outro ambicioso projeto. Ainda, lembrando que a pessoa que construiu a tal unidade de laticínio anteriormente, teve o cuidado de preservar aquela grande arvore que por muito tempo hospedou pássaros, e a sua sombra acalentou o descanso de quem ali chegasse, este merece parabenizá-lo. Mas, desta vez, o olhar individualista, deu um ultimato de morte, mandando cortar aquela majestosa arvore centenária. Outra, da mesma espécie, também existia na Avenida Gov. Lomanto Junior, a qual emprestou também seu nome a uma padaria, Panificadora Gameleira, e também a uma fabrica de biscoito muito especial, Biscoitos Gameleiras, e finalmente, outro registro de erradicação de outra arvore da mesma espécie, na Praça de Jequié, muitas destas gameleiras, já foram cortadas, desde as nativas que ali existiram, como também outras, foram vitimas das diversas mudanças na arquitetura daquela praça, a Rui Barbosa. Mudanças ao longo do tempo foram feitas, até chegar aos dias atuais, sem dúvida, arvore, que ali estão também poderão ser cortadas na calada da noite em um futuro próximo, só nos restando acreditar, que o prefeito que possa entrar, pense um pouco no meio ambiente, afinal os nossos dias aqui são curtos e passageiros. E a sombra das arvores que ali estão, poderá ser lembradas, como “as arvores que os nossos antepassados descansaram”. Todas estas arvore cortadas tem algo em comum. Gameleira da praça, que sombra mim destes, onde descanso meus lucros, depósitos Gameleira da padaria, que a água que sai de suas raízes abastece Gameleira industrial, que transformam das águas vindas de suas raízes Não mata sua sede, sedenta, não é água Passam na porta, não se lembram de nada. Antonio Lourenço Filho

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