Meio ambiente talvez, quem sabe, sobre só a metade?

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Sem Guaranis Kaiowá, não haverá Palmas

       



                     A todos os guerreiros esportistas do l Jogos Mundiais Indígenas



 O esporte indígena foi criado para unir os povos indígenas, as uniões  esportivas dão frutos maravilhosos, sendo a amizade  um deles, que deixa marcado no coração o amor pelo próximo e o desejo de voltar novamente para abraçar velhos e novos amigos, assim pense? Quantos destes amigos nós poderemos abraçar no próximo evento, pois a beleza e a alegria podem ser substituídas pelo sentimento de perda dos entes queridos, dos atletas que competiu com você e fortaleceu os laços de respeito e de amizade, e que não estará mais entre nós na próxima temporada, nada contra deixar de participar de um evento tão maravilhoso e de tanta magnitude e importância como este, mas que deixa os nossos corações tristes, mas, para aqueles que querem ir,  vamos levar uma mensagem do guerreiro morto para que o homem; não o homem branco, nem o homem civilizado, mas o homem da zona urbana,  que insiste em destruir sua própria ancestralidade sem conhecer seus valores, destruir o seu habitat, que lhe traz todas as riquezas e estagnar o ar e as águas que lhes darão a vida, destruir o que vem sendo destruído há mais de 500 anos,  os biomas da terra e os povos das florestas. Nesta mensagem eu convido cada participante e cada indígena que for a Palmas, que coloque uma tarja negra simbolizando o luto referente aos massacres  indígenas deste tempo, e faça um minuto de silencio, e que alguém  pense na legalização das terras indígenas dos Guaranis Kaiowá, que estão sendo tão brutalmente massacrados no Mato Grosso do Sul, matar índio não é esporte, é crime.

       
Sem  Guaranis Kaiowá, não haverá  Palmas


Enquanto  entoaremos um  canto triste, reflitam?

Não deixe que os guerreiros vejam o teu suspiro

Nem deixe que as lembranças de um abraço  o façam chorar

 As lágrimas não são troféus conquistados

Mas engrandecem  qualquer coração desesperado

Talvez seja  um sentimento de saudade de um irmão guerreiro que não chegou
            
             Então não poderemos nos alegrar com o esporte não vivido
             
            Com  a lembrança do sangue dos irmãos
            
            Que  foram  derramados Neste solo,  Mato Grosso do Sul.


                   Antonio Lourenço de Andrade Filho


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