A todos os guerreiros esportistas do l Jogos
Mundiais Indígenas
O esporte indígena foi criado para unir os
povos indígenas, as uniões esportivas
dão frutos maravilhosos, sendo a amizade
um deles, que deixa marcado no coração o amor pelo próximo e o desejo de
voltar novamente para abraçar velhos e novos amigos, assim pense? Quantos
destes amigos nós poderemos abraçar no próximo evento, pois a beleza e a
alegria podem ser substituídas pelo sentimento de perda dos entes queridos, dos
atletas que competiu com você e fortaleceu os laços de respeito e de amizade, e
que não estará mais entre nós na próxima temporada, nada contra deixar de
participar de um evento tão maravilhoso e de tanta magnitude e importância como
este, mas que deixa os nossos corações tristes, mas, para aqueles que querem
ir, vamos levar uma mensagem do
guerreiro morto para que o homem; não o homem branco, nem o homem civilizado,
mas o homem da zona urbana, que insiste
em destruir sua própria ancestralidade sem conhecer seus valores, destruir o
seu habitat, que lhe traz todas as riquezas e estagnar o ar e as águas que lhes
darão a vida, destruir o que vem sendo destruído há mais de 500 anos, os biomas da terra e os povos das florestas. Nesta
mensagem eu convido cada participante e cada indígena que for a Palmas, que
coloque uma tarja negra simbolizando o luto referente aos massacres indígenas deste tempo, e faça um minuto de
silencio, e que alguém pense na legalização
das terras indígenas dos Guaranis Kaiowá, que estão sendo tão brutalmente
massacrados no Mato Grosso do Sul, matar índio não é esporte, é crime.
Sem
Guaranis Kaiowá, não haverá Palmas
Enquanto entoaremos um canto triste, reflitam?
Não deixe que os guerreiros vejam
o teu suspiro
Nem deixe que as lembranças de um
abraço o façam chorar
As lágrimas não são troféus conquistados
Mas engrandecem qualquer coração desesperado
Talvez seja um sentimento de saudade de um irmão guerreiro
que não chegou
Então não
poderemos nos alegrar com o esporte não vivido
Com a lembrança do sangue dos irmãos
Que foram derramados Neste solo, Mato Grosso do Sul.
Antonio Lourenço de Andrade Filho
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